tag:blogger.com,1999:blog-74748854559438948072023-11-15T14:56:11.536-03:00Devaneios ApropriadosPor uma necessidade de transbordar e por um tanto de coragem!Tatiani Távorahttp://www.blogger.com/profile/05597240372089462979noreply@blogger.comBlogger95125tag:blogger.com,1999:blog-7474885455943894807.post-18440337439815702142013-05-16T00:26:00.000-03:002013-05-16T00:41:03.790-03:00Por isso estamos quem somos...... e seremos quem buscarmos ser.<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Apoiar-se em imagens passadas por qual motivo?! Se hoje já não somos mais o ontem, e transpor os dias passa ser uma forma de evolução?! O hoje, evolução do ontem, é a novidade pasmante não preparada. É o preconceito dos dias, o diferente e o não comum agradável e acostumadamente conhecido.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No ontem conhecíamos as próprias reações e tolerâncias, no hoje - assustada evolução - já não sabemos sitiar os sentimentos, descuidamos as letras, está instalada desordem. Se ontem existia insatisfação em ser, era a insatisfação conhecida, esperada e aprendida. Agora buscaremos conhecer o descontentamento desse hoje - desconhecido. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<i>por não respeitar o anúncio de sua evolução, assistiu a première da película que enunciava a rasgadura do esboço de quem era..."</i></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O homem é uma flor que não odoriza constantemente, antes disso, para ser inteiro convive com seus momentos de beleza e de estranheza, sempre se oferecendo, distribuindo sua constante evolução em dias. Como pétalas desgrenhadas, de letras tortas, de cabelos alvoroçados. Pois a haste florida também é quebradiça e espinhenta. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ficamos rezando por novas interpretações de antigas canções. Sem dar espaço às harmonias novas, ou à outras formas de compasso. Absurdo não estarmos acostumados a amanhecer, sendo que um dia só se vai para dar lugar a outro. E talvez por essa necessidade de passado, exista apenas um hoje para tantos ontem. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-0MLxa8EFwjk/UZROjoKKupI/AAAAAAAAGts/G6YQxZZR8CI/s1600/76057_462245136630_607436630_6119005_3450003_n_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="http://2.bp.blogspot.com/-0MLxa8EFwjk/UZROjoKKupI/AAAAAAAAGts/G6YQxZZR8CI/s320/76057_462245136630_607436630_6119005_3450003_n_large.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<i>a viagem acontece quando acordamos fora do corpo, longe do último lugar onde podemos ter casa (...) a viagem termina quando encerramos as nossas fronteiras interiores. Regressamos a nós, não a um lugar... " </i>Mia Couto.</blockquote>
Tatiani Távorahttp://www.blogger.com/profile/05597240372089462979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7474885455943894807.post-52427596944126406582013-05-13T23:52:00.000-03:002013-05-13T23:56:53.427-03:00Lírica Bahia<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A poética visão sobre o estado em que estive.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="color: #999999;"><i>(para ser lido ouvindo "Céu da Bahia" - link no final do texto)</i></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br />
Prenunciação. Eu sabia minha Bahia, de onde
vim antes de estar em ti. Pisei pedra, Pelourinho, e senti os pés negros
rachados que não são meus, antes, daqueles que vieram cultivar entre todas as rachaduras, o muito do algum colorido dos nossos dias.<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-eRF5SvRXGjQ/UZGjSNQhRaI/AAAAAAAAGtg/Hu4HMWMnHOA/s1600/bomfim.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://4.bp.blogspot.com/-eRF5SvRXGjQ/UZGjSNQhRaI/AAAAAAAAGtg/Hu4HMWMnHOA/s200/bomfim.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Estado verídico, onde as inverdades ou se ocupam, ou se profissionalizam em certezas. Me reconheci em deslumbre, pasma por saber tão ludicamente quem eu era naquele lugar, ou quem era aquele lugar em mim antes de reconhecer a
história nele, minha estória. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Ah, Bahia, és alto conhecimento que de cima de tua cidade-elevador enfeitei o começo do meu ser, humano de fitas coloridas alçando voos acorrentados aos laços do Bomfim. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Reaprendi que como lá, sou a pobreza e seu anverso, convivendo o concavo-convexo em um mesmo objeto-corpo. Redescobri que como essa terra, serei abençoada no dia em que conviver com a dualidade de virtudes e mazelas. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Descobri que sou feita das quebra-pedras que
já não têm mais chance de viver rasteiras nos paralelepípedos dessas ladeiras, de
tanta gente e gente que agora passa e repassa, só pela graça de ir e vir, apenas com o prazer de dançar peregrinando em adoração. Por
isso arranjei outro canto para me germinar e, enquanto dessa gente for, minha
terra fica aqui remexida, com saudades de casa e de pedra.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Venerando o Corpo Místico da Bahia que nos dá a grandeza de ainda se pertencer - corpo formado por tantos Jorges (alguns Amados) e todos os velhos e Novos Baianos - alma reverencia saudade da
Bahia.</div>
<blockquote>
</blockquote>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/d23EjIgImz8" width="420"></iframe></div>
Tatiani Távorahttp://www.blogger.com/profile/05597240372089462979noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7474885455943894807.post-47411529473451411342013-01-10T20:50:00.003-02:002013-01-10T20:50:38.227-02:00Vírgula, Pausa.<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Enquanto os créditos do filme se
anunciam, é inevitável perceber o arrepio da derme. Um trago prevendo a intenção
de tragar o mundo, mas ele não pode ser absorvido – esvazio os pulmões de algumas vozes. Questiono
se é só isso que existe: encher, reter até o limite e esvaziar-se por
incapacidade. Encher e inflar atordoa e entorpece. Colecionar o silêncio
das pausas da melodia que precede o enredo. Gloriosa pausa entre o comum e o
rotineiro. O encher e o esvaziar-se das cinzas e das marcas de café de todos os
dias. O semblante meio vivo de todos os dias. A espera, expectativa e o
aguardar pelo melhor de todos os dias, um otimismo. E a corrente de ar que este movimento faz é a
dignidade que aniquila o fogo, ou qualquer incêndio. E o vento no sentido
contrário é a tentativa de fazer a brasa reacender. A tentativa de projetar a
mudança de direção da próxima frase é a expectativa de gerar um fluxo mais
satisfatório. No meio do percurso é quase necessário apagar algumas vidas,
mudar o tempo de alguns sinais. Não por acaso, apenas para perpetuar a dúvida
de que se o que gera a mudança é o que sobra ou a incapacidade de visualizar a
paisagem de outra maneira.</div>
Tatiani Távorahttp://www.blogger.com/profile/05597240372089462979noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7474885455943894807.post-53240402619198246262012-07-25T18:51:00.002-03:002012-07-26T12:31:35.395-03:00Escritor é Profissão<div style="text-align: center;">
Escritor é profissão</div>
<div style="text-align: center;">
Talvez isso mereça </div>
<div style="text-align: center;">
um exclama </div>
<div style="text-align: center;">
ou interrogação?!</div>
<div style="text-align: center;">
Talvez apenas um ponto.</div>
<div style="text-align: center;">
E todo o conto da precisão</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tem quem ache que para ser escritor, basta nascer sendo. E, assim, sentar e aguardar o belo dia da florescência para as vicissitudes da escrita. (E que escritor usa algo como "vicissitudes"? Palavra feia é perdição!)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tem quem ache que é bonito escrever, como tem escrita que é bonita e, posto isso, escritor bastou ser. Da mesma forma, tem quem afirme que escritor é profissão. E eu daqui sigo procurando onde se ensine ser escritor. Talvez este curso exista naquela mesma escola que se aplica aos estudos para ser humano. Talvez.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Escritor pra mim é bicho. Taciturno, inquieto. É bicho que não cabe em quase nada, e se refastela quando consegue fazer conter a ideia dentro de sentido único (mesmo quando está cansado de saber que sentido único só o da rua onde mora. Na língua isso não cabe!) Mas, ô bicho teimoso é esse tal! Escritor, para mim, é bicho ininterrupto, não consegue parar de viver. É como bola de gude ladeira abaixo. E, mesmo diante de toda a sua finda liberdade circular, vai tecendo suas vírgulas-lombadas, seus pontos de apoio, suas esquinas de parágrafos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E, apesar disso, tem quem ache que o bicho-escritor é aquele que tem nome de gente que não consegue esperar a vida acontecer para experimentar, o bicho cria. Assim como os do contra precisam achar que o bicho-com-nome-de-gente não consegue guardar segredo da viciante verborragia que tem correndo nas veias. E sai dando a quem tiver olhos e mãos para comer.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É todo o achismo do mundo para alguém que, em algum lugar do caminho, só aprendeu a digerir pensamentos em palavras. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E, por ter a impressão de que nunca vou conseguir me encaixar em qualquer uma destas alternativas, eu desisti de achar que sou e fui sendo apenas bicho.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-_W-VZeF6j18/UBBobm3n01I/AAAAAAAAF-k/A9HtrqmyFSk/s1600/tumblr_lqcenltpec1qfhtnu_large.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="140" src="http://1.bp.blogspot.com/-_W-VZeF6j18/UBBobm3n01I/AAAAAAAAF-k/A9HtrqmyFSk/s200/tumblr_lqcenltpec1qfhtnu_large.jpg" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Nesse dia que alguém instituiu como dia do escritor, me livro da vontade de percorrer nomes ou listas enfadonhas, não posso cometer o sacrilégio de citar os mestres que todos sabemos que são. De forma igual vou quitar dívida inexistente com aqueles que nem sonham ser, mas são meus escritores prediletos. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">A todos estes (aos quais devo uma vida de conectores pulsando em minha mente), meu muito obrigada pelo mundo sobre-humano que percorre a história de toda gente.</span></div>Tatiani Távorahttp://www.blogger.com/profile/05597240372089462979noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7474885455943894807.post-55438201319254493492012-06-12T01:13:00.001-03:002012-06-12T01:13:34.395-03:00Carta ao Amor<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Desejo que recebas esta minha confidência em paz e que tudo o que vier
de mim não lhe seja causa de entristecimento ou desordem, não é meu desejo
tornar o Amor triste, por mais que exista beleza nesse tipo de tristeza.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Desejo que recebas esta devotada confissão, e que assim me tenhas,
remida de minhas descrenças, arrependida de minha indolência, em uma saudade,
antes escondida, que é querença eterna por você, Amor.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Mesmo que eu me enxergue inumana, peço que me perdoe também por não
fugir à regra de todos aqueles de quem descendi: abusar do sentimento é coisa
própria de todo ser humano. Então, Amor, coisa única tenho a lhe pedir neste
meu regresso: Não ouses subtrair minhas ilusões, elas são mais valiosas que meu
pescoço e, sem elas, tudo se tornaria insuportavelmente pesado no
caminho. Cuide de minhas ilusões, as transmute. De resto, Amor meu, me subtraia
tudo, tornando sem importância tudo o que não lhe envolve ou engloba, tudo o
que não lhe é próprio. Renegando toda dor que não seja a sua, a do Amor.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Entenda que este meu modo quase violento de confidenciar é intrínseco na
coragem de existir que sua aparição trouxe ao meu corpo, antes exilado. E, por
falar em corpo, quero que saiba que tudo em mim é avesso a superficialidade,
antes, toda palavra dita é raiz. </span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Posto isto, Amor meu, não há mais reserva. Sendo assim, eu, já única
inumana e sem ressalvas, copulo os teus desejos, como quem se atenta a
emprenhar das tuas sedes. Amor, anseio-te como que numa fusão de peles, num
sacramentar-te, numa ambição de te conceber inteiro, como se houvesse
resistência suficiente em minhas carnes para ter-te. Sendo assim, Amor, peço-te
que me dê a saber de ti em doses, que me desvele seus zelos, e que permitas
sorver-me de ti, em todas as instâncias possíveis: Corpo, Carne, Espírito, a
Alma do Amor.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Em se tratando de você, Amor, não há eternidade que dure o suficiente
para que não se deseje o fim. E este sendo apenas uma marca de tempo, uma
referência, uma parte do ciclo, mas jamais um limite. Que os ciclos nos
perdurem, e que, por amor do Amor, sejam eternamente findos. Só assim nos
teremos na liberdade do instante, na visceralidade do agora e na veemência de
uma sinceridade estupefata.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">A saber, Amor, que possuo correndo por minhas veias um rubro-mar. Meu
sangue violenta-me constantemente, causando as diversas ressacas. Já as tuas
letras, há algum tempo, têm se tornado um porto de onde admiro o fervilhar das
minhas ondas de dentro. Como se, com elas, alcançasse as anatomias do meu corpo
metafísico e bulisse da forma mais prazeirosa existente todas as minhas carnes.
Me exercito no gozo que é ser afetada por sua escrita, como se estivesses tatuando,
em lambidas cicatrizantes, cheirando, comendo e compondo em meus poros. Tomo
todas as suas letras para mim, esta é a minha ilusão de agora.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Amo você, em meu amor. </span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Talvez, no momento em que esta carta chegue a ti, tenhas ido semear
outras nuvens com o teu sentido. Sempre haverá a possibilidade de tudo e
qualquer coisa desvanecer, menos as nossas palavras. Daquilo que eu lhe disse,
a palavra se deitou em sua existência e estabeleceu suas emoções ali. Das
várias palavras que me gorjeastes, plantastes em mim um trinado próprio, único
e inconfundível. Sempre me recordarei das alturas que nossas asas atingiram.</span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>Tatiani Távorahttp://www.blogger.com/profile/05597240372089462979noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7474885455943894807.post-37187853594876785642012-01-29T22:30:00.003-02:002012-01-29T22:56:45.978-02:00quando nada é o mesmo que tudo<p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span>Ninguém poderia ter em prática o quanto de peso ele carregava sobre a cabeça. Fazer um humano saber o que lhe passava nas instâncias internas seria sobrepujar todo o resto, mais um tremendo desassossego seria. Porém, em meio às entorpecências de uma alma arraigada em dor de miséria, passava-lhe pela cabeça emplastar cartazes pelos postes dessa cidade em ruínas, explicitando toda a morte de sentimentos que trazia consigo, mesmo que fosse uma tentativa frustrada de arrancar o negro do coração e deixá-lo nestas torres de urina e lodo, ilustres decorações de luz deste estado de província. Mas, em alguma ramificação de dentro, ele sabia que este gesto de desejo seria em vão, e que sua guerra seria também manchada pela falta de compreensão alheia, então, resolvidamente sábio, manteve-se em inércia. Sua loucura era sua propriedade, seu único tesouro.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span>A ascendência daquele menino-incabível não vinha de vida humana, seu corpo franzino veio do lóculo mundano do Universo. Ele foi parido em conjunto com as sujeiras e as estrelas, sem haver quem tivesse braço para lhe acalentar no primo-choro. E do mesmo modo em suas quedas. E de cascas formadas e feridas saradas descobriu que a vida era feito rua em dia de chuva: quase nula de gente, fria, suja e escorrida em água turva. A vida lhe era escorrida sim, e, por mais que ele desejasse com veemência, ela não cessava de correr por sua fina existência. E enquanto os dias cresciam, pensava em quanto de mundo existia nos corpos daqueles que eram despercebidos. Mesmo quando faltavam as forças do entendimento, lhe era intuitivo que o não revelado seria a única verdade da existência. E se estabeleceu aí o seu embate mais doloroso, descobrir mesmo sem desejar, o que não estava desvelado.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span>A alma daquele homem-objeto era um tesouro de moedas de ferro escuro, fundido nas chamas advindas dos meios das pernas, das moças que se criavam nos postes de antes protestos, inveteradas naquele mesmo odor que predomina nas cidadelas antigas. Seu baú de recônditos era o prostituir-se na obtenção das migalhas que descuidadas caíam da mesa opulenta do amor daqueles corpos. Esta foi toda a instrução que o mundo lhe fincou: o amor era a inexistência de dor em meio ao emaranhado – doloroso – de – ser – no – outro – alguma – vida – que – já – não – era – mais – sua. E tudo ia assim, sem vírgula, sem ponto, sem respiração. O amor era um gole seco de qualquer líquido, que só dava a impressão que lhe saciava, mas, quanto mais amor, mais sede. Era tudo sem nexo, e, em todas as vezes, era igual nesta rasgadela de sentidos lingüísticos que lhe entranhavam a mente e todo o resto. Foi quando o desditoso homem assentiu que o amor sempre lhe deixava a desejar o mais que não existia, porque o amor quando se revela assim é para acabar. </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span>Fora existia tanta dor quanto dentro, e as grades do corpo eram o objeto limítrofe entre uma miséria e outra. E, enquanto o vento balançasse as pontas soltas dos laços presos, o homem poderia vislumbrar a hipótese de alguma beleza no que é oposto a ela. E, ainda assim, ele sabia que havia chegado o dia de libertar os laços que enfeitavam as grades da cela, grades de aço-falso da janela que dava vista à avenida de fora. Era a necessidade de se desvencilhar da fantasia e assimilar a facticidade da dor de pertencer a nada, e, mesmo assim, conter o tudo pungente, ácido e corrosivo do entendimento da própria existência <i>apesar de</i>. Em uma sádica piada, em uma máxima desalmada: o tudo que ele era, repuxava o nada habitado da sua entidade.</span></p><span style="line-height: 115%; "><div style="text-align: justify; "><span style="line-height: 115%; "><span><br /></span></span></div><div style="text-align: center;"><span lang="EN-US" style="font-size:11.0pt;line-height: 115%;font-family:"Calibri","sans-serif";mso-ascii-theme-font:minor-latin; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-fareast-theme-font:minor-latin;mso-hansi-theme-font: minor-latin;mso-bidi-font-family:"Times New Roman";mso-bidi-theme-font:minor-bidi; mso-ansi-language:EN-US;mso-fareast-language:EN-US;mso-bidi-language:AR-SA"><iframe width="420" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/yLyhbtCXwhA" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe></span></div></span>Tatiani Távorahttp://www.blogger.com/profile/05597240372089462979noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7474885455943894807.post-20627874444734558832012-01-26T23:39:00.002-02:002012-01-26T23:40:43.134-02:00celebrar sua vida após a nossa morte<a href="http://3.bp.blogspot.com/-rgs5VUoNH_w/TyIAfC5SreI/AAAAAAAAFO0/uTmOX3NFBSY/s1600/12.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 233px;" src="http://3.bp.blogspot.com/-rgs5VUoNH_w/TyIAfC5SreI/AAAAAAAAFO0/uTmOX3NFBSY/s320/12.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5702120611557584354" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Vislumbrastes o romper do véu celeste. Não foi você quem morreu, fomos nós. E é por tudo isso que poderia ser e não foi que choramos. Todas as desventuras que poderiam vir, não mais estarão. De qualquer intempérie estamos resguardadas. Porém, também estaremos privadas de mais olhares, algumas outras risadas e apelidos que a reproduzida irmandade nos impunha. Não mais nos reconheceremos uma no físico da outra. Eu sinto uma saudade perene daquilo que seríamos, do “nós” no futuro. No elo do cotidiano de além dor. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Muito antes da sua vinda, a extinção nos brinda com sua série de pedidos de desculpas. Velando o deixar-se ir com os seus sinais, desvelando nossos olhos para alguns motivos plausíveis. Muito antes de a ausência acontecer, estávamos quase convencidos (não apaziguados) de que era assim que deveria ser. Em alguns momentos, chegamos a imaginar que vivíamos em ciclos também povoados de sofrimentos, terminando uns, iniciando outros.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Há libertação em exteriorizar que tudo está como deveria ser. Hoje, a saudade é maior que hipóteses dolorosas. Não há pena, há a ciência de que se estabeleceu uma luta até o seu maior grau e, ao final, saímos vitoriosas. No intervalo, nos ocupamos em perceber que a dor é justamente porque sempre haverá dois lados, um que vive e outro que se deixa ir.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Celebro os teus dias de nascida, o da partida eu já não lembro. </p> <span style="font-size:11.0pt;line-height:115%;font-family:"Calibri","sans-serif"; mso-ascii-theme-font:minor-latin;mso-fareast-font-family:Calibri;mso-fareast-theme-font: minor-latin;mso-hansi-theme-font:minor-latin;mso-bidi-font-family:"Times New Roman"; mso-bidi-theme-font:minor-bidi;mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: EN-US;mso-bidi-language:AR-SA">Com o coração, eu te agradeço.</span>Tatiani Távorahttp://www.blogger.com/profile/05597240372089462979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7474885455943894807.post-26968371392867836452012-01-24T21:56:00.005-02:002012-01-24T23:13:05.992-02:00sempre nunca cabendo<div style="text-align: justify;">Ele foi um menino que nunca coube. E, por este motivo, o vazio sempre o teve. As prateleiras não lhe eram bastante, nem os livros que elas guardavam, mas algo naquele mofo lhe era inverno. Ele entendia as palavras, mas sabia que nexo faltava no conjunto delas, nunca deu ouvidos. Vivia silencioso.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E foi crescendo assim: cheio de nada e vazio de tudo. Um grande problema de humanidade, ou de falta de qualquer semelhança com isto.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">As situações cotidianas, ou aquilo que chamava de realidade, pesavam em seu espírito como algo que não fosse desse mundo. Em determinado instante, ele absorvia aquele peso como uma maldição: fechava suas portas, janelas e vidraças, esperando que nada mais o pesasse. Já bastava, já lhe era duro permanecer assim, não queria mais. Sentia-se também injustiçado, ínfimo, maldizente de si próprio. Era um pequeno no mundo de grandes ainda tão maiores que o seu corpo físico. De maneira alguma conseguia entender o peso de sua vida.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Há <span>alma</span> na c<span>alma</span>. E peso em todo o resto. Menino-já-grande, se apropriou de certa musculatura com os halteres que seu espírito o obrigava a carregar. E, de vislumbramento em vislumbramento, pode apreender a obtenção de uma certa calma no ato de assimilar o refutar das semânticas. Ele tentava adestrar seu espírito tragando o mundo. Que seguia rasgando por suas vias até aceitar que este mundo não pode ser absorvido, só assim esvaziava os pulmões das vozes que as palavras geravam por dentro.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">E, a essa altura da existência, se alguém pudesse ser ouvido, e, se algo pudesse ser aconselhável, ele diria que um momento de paz pode ser conquistado quando se consegue aceitar a própria humanidade, no mesmo tempo e medida que se deveria acreditar na falta de humanidade em todo o resto. Mas um conselho desses também não cabe.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-uqNnWcWK72o/Tx9WNY9QdEI/AAAAAAAAFOk/j4GDsn0IJbE/s1600/1.jpg" style="text-align: left; "><img src="http://3.bp.blogspot.com/-uqNnWcWK72o/Tx9WNY9QdEI/AAAAAAAAFOk/j4GDsn0IJbE/s320/1.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5701370441312007234" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 213px; " /></a><br class="Apple-interchange-newline"></div>Tatiani Távorahttp://www.blogger.com/profile/05597240372089462979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7474885455943894807.post-63596028102730772502012-01-15T21:36:00.007-02:002012-01-15T22:02:23.347-02:00l'anatomie<a href="http://2.bp.blogspot.com/-lf20aGmrRGA/TxNjKBGYNwI/AAAAAAAAFOU/b_QP5YmUgYo/s1600/Bouquet%2BVENUS%2BFernando%2BVicente.jpg"></a><div>O peito povoado de mulher, se deu escuro de tanta noite.</div><div>As veias vermelho-sangue tecem raízes por onde passam, </div><div>Procuram um grosso calibre, à afoiteza do destino.</div><div><br /></div><div>Às vezes, quando se dispõe, ilude encontrar semelhança em estranhos;</div><div>E os quer revelar e tocar, mastigar seria o êxtase, eles são o alimento; </div><div>E saem rasgando a mucosa até chegar no calor do seu peito.</div><div><br /></div><div>Suas palavras são <i>decor</i>, escritas em sons de dedos premeditados.</div><div>Enganação é pensar que seu vazio é silencioso, antes, aturdia todo o oco em volta.</div><div>E, depois de tanto, declama com a fé de um coração que não sabe urdir!</div><div><br /></div><div><a href="http://2.bp.blogspot.com/-lf20aGmrRGA/TxNjKBGYNwI/AAAAAAAAFOU/b_QP5YmUgYo/s1600/Bouquet%2BVENUS%2BFernando%2BVicente.jpg"><img src="http://2.bp.blogspot.com/-lf20aGmrRGA/TxNjKBGYNwI/AAAAAAAAFOU/b_QP5YmUgYo/s200/Bouquet%2BVENUS%2BFernando%2BVicente.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5698006977298839298" style="float: left; margin-top: 0px; margin-right: 10px; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; cursor: pointer; width: 200px; height: 193px; " /></a><br class="Apple-interchange-newline"></div>Tatiani Távorahttp://www.blogger.com/profile/05597240372089462979noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7474885455943894807.post-65928748401100305872011-12-31T11:51:00.005-02:002011-12-31T13:08:22.847-02:00Magia em 2012<a href="http://2.bp.blogspot.com/-877FkEZolBM/Tv8f4ZXLNXI/AAAAAAAAFNw/2em5pyjkObU/s1600/agua%2Brio.png"></a><div style="text-align: justify;">Seremos capazes de reiniciar nossas vidas, começando tudo do zero, em 2012?! Como se fossemos feitos de alguma outra matéria de que não existisse carne, sangue, espírito e mortalidade?! Somos seres mágicos ou tudo isso é parte integrante da imensa expectativa que sempre nos enredamos, na qual nos frustraremos nos primeiros dias, quiçá meses, do Novo Ano?!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Bem lá no fundo tenho esperança de que alguns de nós não levem tão a sério essa 'energia de simpatia' que permeia os últimos dias e horas de 2011. Já perdi em conta o número de pessoas que me desejou um "Feliz Ano Novo", assim como não conseguiria lembrar para escrever aqui os desejos de saúde, paz, amor, fé etc e tal. Fico achando mesmo que 2012 já vai chegar assustadíssimo e preocupado com tanta expectativa a se cumprir, coitado. Uma das pessoas que eu mal falei em 2011 e veio me cumprimentar, foi minha vizinha do 8º andar. Se eu ainda não resguardasse um pouco de educação, teria respondido a ela após as felicitações: "Como é que meu ano poderá ser tão bom se a senhora vai continuar correndo para fechar a porta do elevador, não tendo trabalho de gentileza em esperar minha corrida apressada em direção ao mesmo?". Do que adianta a tentativa vazia de ser politicamente correto hoje, se no próximo ano (a partir de amanhã), tudo continuará igual? Possivelmente incubados em nosso egoísmo de cada dia, nos fartando dele em todas as nossas refeições.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não vou desejar feliz nada novo. A ninguém.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Tudo o que existe não é novo. O próximo ano será inédito apenas no numeral, mas iniciará seus trabalhos carregando em si tudo o que já somos e fazemos. A semeadura aconteceu em algum momento que passou. No máximo e com grande esforço (não vou mentir), o novo ano será apenas uma colheita. Não somos seres mágicos, não poderemos nos transformar em fadas da bondade e do sucesso a partir da meia noite de hoje. O que podemos conseguir em 2012 (e para isso sim eu lhe desejo força), é que nos dediquemos a ser o resultado daquilo que já se iniciou em nós. Resultado da evolução sem imposições esdrúxulas; de uma evolução voluntária ou necessária, que já se iniciou em algum momento de 2011 (ou antes!). Evoluir é daquelas ações pouco espalhafatosas e muito trabalhosas, daquilo que só os íntimos veem acontecer.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Desejo que não haja espera em 2012, quase toda espera é vazia, não criemos mais vazios. Sejamos o 2012 que começou antes, gestacionado por nós mesmos, mulheres e homens. Desejo ainda que não nos fiemos nos 'impossíveis', que eles não sejam motivo de frustração. E se algum 'impossível' vier acontecer, que o Acaso, o Universo e Deus carregue o peso deste mérito. A nós, mortais de vida dura, que nos sobre a gloriosa tarefa de colher o que foi regado por nosso suor. E que as lágrimas que verteram de nossas almas, escorram por nossa pele, transpassem o contorno das rochas sob os nossos pés, encontrando assim um solo e ali se refastelem. Que as lágrimas que de nós saíram, concebam que não pertencem mais a nós, seguindo assim o seu curso nesta terra, e que refresquem alguém que se encontre em outra parte do trajeto, que se unam ao elixir de outro ser humano e que encontrem o rio que dá a saciar a tantos e todos quanto. Porque a vida não é seccionada, ela é a parte única que se inicia no nascimento e estende-se além da morte.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><a href="http://2.bp.blogspot.com/-877FkEZolBM/Tv8f4ZXLNXI/AAAAAAAAFNw/2em5pyjkObU/s1600/agua%2Brio.png"><img src="http://2.bp.blogspot.com/-877FkEZolBM/Tv8f4ZXLNXI/AAAAAAAAFNw/2em5pyjkObU/s200/agua%2Brio.png" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5692303507760821618" style="float: left; margin-top: 0px; margin-right: 10px; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; cursor: pointer; width: 200px; height: 64px; " /></a><span style="text-align: justify; ">Na água fomos gerados e contidos, nela batizados.</span><br /><div style="text-align: justify;">Retornaremos, em um curso natural, à corrente das águas vindouras.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Que os que acharam que fui pessimista em minha escrita, levem em consideração que a pessoa que dá vida a estas linhas sofre de uma coisa chamada realidade, e que acredita que o contrário dela nem sempre é o melhor subterfúgio para se viver. Os que discordam de mim também são contribuintes da minha matéria 'vida'.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Tatiani Távorahttp://www.blogger.com/profile/05597240372089462979noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7474885455943894807.post-48943490128417197582011-11-16T21:10:00.007-02:002011-12-08T10:35:05.918-02:00gotejar a vida no mar<div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" ><u><br /></u></span></div><div style="text-align: justify;">Extremamente delicados perto da força que a Natureza emana em suas demonstrações de poder. Das tempestades, as que melhor devem ser observadas são as brandas. As que gotejam. Se sofre com as que arrastam e destroem em segundos, mas antes devastar-se por completo do que ir morrendo aos poucos. Como se possível fosse a morte gotejar na vida, até cessá-la. Dois minutos ainda restam e um pouco mais de treze megas.</div><div style="text-align: justify; "><br /></div><div style="text-align: justify; ">Nunca se esperou tanto por um final. Por um cessar de sons, pela submersão no silêncio. Salva tuas convicções, guarda-as em lugar à prova d'agua, agarre-as com ambos os membros pois, que a enxurrada se anuncia, não vês o recuar do mar? Não sentes a brisa morna no rosto? Nada? Se nada sentes é porque submerso estais e nem percebestes. Se nada experimentas de não habitual é porque vens subexistindo há tempos ou tentas o afogamento. Um grande cansaço, mas ainda tenho que esperar cinco minutos e trinta megas.</div><div style="text-align: justify; "><br /></div><div style="text-align: center; ">Porque quanto mais se vive,</div><div style="text-align: center; ">mais se carrega de vida.</div><div style="text-align: center; ">Meu mundo é o mar.</div><div style="text-align: center; ">No mar nada pesa.</div>Tatiani Távorahttp://www.blogger.com/profile/05597240372089462979noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7474885455943894807.post-41892956324857808832011-11-01T11:26:00.009-02:002011-11-02T13:58:02.967-02:00camale<div style="text-align: justify;">Emprenhada por uma espécie desconhecida, copulando o ato de gerar o vazio. Desejando solitariamente a possibilidade de uma angústia anunciada. A previsibilidade de perder-se no inconcreto, intangível existente.<br /><br />O amor. Este complicar-se por palavras escritas em folhas avulsas, daquelas não pertencentes a indicação de gênero, muito menos ao prazer altivo de qualquer coletânea absurdamente inóspita.<br /><br />O amor. Há um desassossegar-se em sonhos quase findos. Sinais recebidos de uma ilusão projetada, angustia o fim - e eu já o bendigo. O amor não é este não saber esperar, mesmo sabendo que a espera do amor é eternal? A cada linha que eu escrevo, mais dele eu percebo e mais distante ele me tem.<br /><br />O amor é camaleão que não transmuta a sua essência, mas antes, converte a cor do ambiente à sua vontade. E que gosto ele tem? É esta transfiguração eternal dos segundos? Amor é eternidade no instante finito? E é quando? Amor é quando? É a lendária maldizente órbita inexplorada? É como? Amor é modo?<br /><br />É o não avergonhar-se da ternura de um afeto em hora imprópria. Das frases sem sentido corriqueiro, da formulação de sentenças inesperadas. O amor é esta espessa camada de beleza rebocada sobre a retina? Amor é esta vertigem?<br /><br />Este absurdo de dia apenas começou, um desaforo de horas! Amor é desaforo. É este embaralhar das independências em um (con)fundir de significâncias, é este romper o tino. O amor é mudar de ideia, de posição. É voluptuosidade, volubilidade. É vertigem, versatilidade, é fé cega.<br /><br />O amor é uma claridade ofuscante, aturdida. O amor é tal qual um camaleão alado pelas prepotências humanas, com a pequena diferença de que, independente de sentido, o amor é alheio a concepção terrena.<br /></div>Tatiani Távorahttp://www.blogger.com/profile/05597240372089462979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7474885455943894807.post-2158500208446718522011-10-19T12:59:00.004-02:002011-10-19T18:36:45.922-02:00ao nascer a dúvida<!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Não querendo tratar nada aqui como uma filosofia (porque não há de se confiar gratuitamente na teoria dos outros), mas <span style="font-weight: bold;">toda a verdade que nos pode ser fornecida nessa vida está no conteúdo de uma pergunta</span>. O que estiver fora disso podemos contestar, pode ser um grande achismo. Partindo do princípio de que a dúvida, em alguns casos, é a única coisa palpável, por que é que, justamente ela, nos causa tanto estardalhaço por dentro?!<span style="mso-spacerun:yes"> </span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Duvidar de algo é colocar-se em movimento na busca de uma verdade atual, da minha verdade atual (ou da sua). Ficar em dúvida sobre o branco ou o preto é apenas o que precede uma escolha. É só isso. A decisão não é eterna, a análise das possibilidades é que pode durar uma vida. (Não trato dos indecisos, isso pode ser apenas insegurança. Trato do fato de se ter várias decisões diferentes durante a vida, logo, várias também são as possibilidades durante uma vida).</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: justify;" class="MsoNormal">Os dias já nos pesam muito, as peças estão todas aí acontecendo, as tristezas são latentes. Não há de se criar mais um sofrimento por conta de uma decisão a ser tomada. Não compensa se desestabilizar, sair do centro da sua órbita por causa das dúvidas. Enquanto elas existirem haverá a possibilidade de movimento. E, neste caso, não há quem queira ser pego por se manter inerte.</p><div style="text-align: justify;"> </div><p style="text-align: center; font-weight: bold;" class="MsoNormal">O nascimento de qualquer movimento na vida do ser humano é pela dúvida. </p>Tatiani Távorahttp://www.blogger.com/profile/05597240372089462979noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7474885455943894807.post-14480285384905109912011-10-10T11:17:00.006-03:002011-10-10T15:31:41.307-03:00o mesmo sempre<div style="text-align: justify;">Quase sempre diante de tudo me pergunto: Como é que se faz para continuar a mesma depois disso? Desde as primeiras horas de qualquer dia, os fatos se sucedem, e fico me questionando como é que podemos não ceder à tentação de nos modificar a todo instante? E como é que se prevê a metamorfose chegando - sorrateira - e nos pegando enlaçados e inertes?! Praticamente impossível, mas, abençoados sejam (ou não) aqueles que resistem em seus casulos eternos. Os que jamais se modificam efetivamente ao longo do tempo, benditos sejam os que em nada sofrem de transformação. Porém, tomada de uma certa dose de ousadia, penso que esses tais que se permanecem, não são acalentados pelo alívio de que tudo o que se enxerga pode realmente não ser o que parece.<br /><br />E <span>é </span><span style="color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;">nesse universo de metamoforsear-se que é necessário apreender a essência das coisas</span>, e eu creio que essa seja lá outra questão a ser considerada: assimilar <span style="font-weight: bold;">as essências </span>que <span style="font-weight: bold;">transitam</span>. Que o ser não é permanente e que o desejar é momentâneo. Que, assim como as alegrias, as dores também passam, e se caso tiverem a intenção de perpetuar, ao menos, cansados de vivê-las ficaremos.<br /></div>Tatiani Távorahttp://www.blogger.com/profile/05597240372089462979noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7474885455943894807.post-22145401828715075152011-10-05T12:39:00.007-03:002011-10-07T11:03:55.891-03:00como dois maridos<div style="text-align: justify;">O tempo tem me corroído. Aliás, a pseudo-falta dele, ou ainda a vergonha desse tempo vivido tem me tornado ausente. Não do blog, do mundo. Não da vida, mas sim de tudo. Na pouca preocupação que um marido traz, arrumei outro (sem largar o primeiro, claro. Não assimilo bem essa coisa de largar, deixar, separar, não). Fiquei com os dois, o mais novo me deixa tão livre que chego a ficar sonada, não sei se por receio de se ater às cobranças ou se por falta de jeito, ele só me exige as horas. Ele vem cedo e é frenético na passividade de me ter no horário certo, sempre cedo, me pedindo muito raramente um dia de excessão e nada mais. Já o mais antigo exige tudo (só porque sabe que já me tem há quatro anos). Muito impositivamente cedeu aos meus tardes horários, mas me cobra a quantidade de horas (e me quer mais do que lhe seria suficiente), me exige o tempo e a temperatura do humor. Ele me arrebata o clima e a dedicação da mente, me deixa o corpo em transe e moído no final da noite. Quanto tempo eu vou resistir a essa vida dupla? Não sei. Mas um conselho eu posso registrar: na relação custo benefício, quem perde sou eu. Ter duas situações que lhe remunere mal vale menos do que ter uma que lhe onere pouco, mas que não lhe atormente as ideias. Mesmo não podendo haver meios de se ter dois empregos para sempre, a experiência de existir duas de você é indescritível.<br /><br />***<br /><br /><span style="font-weight: bold;">nota: </span>A direção dos ventos muda invariavelmente, eu também. Depois de algum tempo e algumas situações, volto à casa bem diferente de quem eu era quando saí (graças a deus! permanecer a mesma, apesar da minha constante teimosia em ser, me traria dores horríveis). Então, apesar e por isso, nasceu um novo Universo para mim, o <a style="font-style: italic; color: rgb(255, 0, 0);" href="http://asbolhas.blogspot.com/">As Bolhas</a>. Um novo blog, para escritos de uma outra forma, para expressões de um outro andar ou desnível. O meu primeiro, esse aqui, jamais sairá do meu querer, ele continuará vivo para que eu não esqueça de tudo. Confesso que pensei até em deletá-lo porque, sinceramente, alguns textos me pesam, mas eles são as quase-únicas testemunhas de quem eu fui e do que fiz. Então, eles continuarão como prova mais que viva de todo o universo de significâncias minhas e das pessoas que por aqui - bem aqui dentro - me deram o prazer de estar.<br /><br />enjoy it!<br /></div>Tatiani Távorahttp://www.blogger.com/profile/05597240372089462979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7474885455943894807.post-12669521828569357082011-09-13T12:34:00.003-03:002011-09-13T19:22:37.124-03:00<a href="http://3.bp.blogspot.com/-zud7MpcWQ74/Tm987OhRXQI/AAAAAAAAEwc/YHzEyZSME6Y/s1600/11.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5651873414325034242" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 134px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/-zud7MpcWQ74/Tm987OhRXQI/AAAAAAAAEwc/YHzEyZSME6Y/s200/11.jpg" border="0" /></a><br /><div align="center">algo parecido como a migração de um mesmo fio</div><div align="center">de um novelo ao outro, repetidamente.</div><div align="center">idas e voltas aos mesmos lugares.</div><br /><div align="center">quanto mais do mesmo, menos do complicado.</div><div align="center">onde tudo se torna uma questão de olhar de novo,</div><div align="center">e de novo, e novamente.</div><br /><div align="center"></div><div align="center">tecendo a migração dos ventos e de peles. </div><div align="center">ecdise de serpente,</div><div align="center">transfiguração de lagarta.</div><div align="center"></div>Tatiani Távorahttp://www.blogger.com/profile/05597240372089462979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7474885455943894807.post-15179139355093632122011-05-24T21:38:00.004-03:002011-05-24T22:16:24.437-03:00Roda Viva<a href="http://3.bp.blogspot.com/-YN7y9hn6wxI/TdxPi1311gI/AAAAAAAAEqo/H6g88GOJouc/s1600/4020398568_2db7cf9ebb_large.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 228px; height: 320px;" src="http://3.bp.blogspot.com/-YN7y9hn6wxI/TdxPi1311gI/AAAAAAAAEqo/H6g88GOJouc/s320/4020398568_2db7cf9ebb_large.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5610446695792236034" /></a><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" >[<a href="http://weheartit.com/entry/861217">imagem</a>]</span></div><div style="text-align: justify;">O que é blasé em mim?</div><div style="text-align: justify;">Seja por tédio ou por afetação: eu queria que você pudesse ver minha expressão diante de todas estas coisas que transmutam perante nossas digníssimas fuças. E o esforço para acompanhar a mudança das coisas é imenso, é tanta gente fazendo força pra mudar que chega zonzeia a gente. Não sei se por praga, por carma ou simplesmente falta de senso (não apostaria tanto nas duas primeiras), mas, hoje, não carrego mais nenhuma culpa pelos extremos. Ter os olhos inchados de chorar, cantar de doer a garganta, sangrar os pés de tanto dançar, amar de doer o intangível, procurar uma definição convincente para sossegar e, também, sofrer por aquilo que não existe. Isso tudo sempre se fez essência em mim...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;">... todos os picos, colinas e vales são meus, simplesmente assim,</div><div style="text-align: center;">apropriados da minha carne, entranhas... </div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Então, tudo o que beira o "mais ou menos" ou o "igual a todo mundo", merece minha postura blasé. Inimaginável?! Será mesmo?! Difícil definição. Aliás, por falar em definição, engraçado como vamos definindo as pessoas na vida. Chegamos ao atrevimento de associarmos algumas palavras às pessoas. Preciso dizer que isso é um perigo imenso? As pessoas ficam registradas em nós pelos sentimentos que experimentamos juntos, somos sempre inundados por essas experiências que não podem ser descritas "ao pé da letra". Quase sempre os sentimentos mais intensos são indescritíveis, e, justamente por essa instabilidade eternal, é que existe tanta beleza em ser alguém de alguém, algo de algo, alvo e objeto de um sentimento.... E se eles são belos justamente por serem eternamente instáveis, variáveis, independentes do resto, como explicar a polaridade inversa das definições?! Que, por outro lado, se perpetuam e, raramente se modificam?! É preciso decidir se o que se precisa para viver é de definições ou se vale mais a voltagem sentida na pele.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;"><i>"a gente toma a iniciativa</i></div><div style="text-align: center;"><i>viola na rua a cantar,</i></div><div style="text-align: center;"><i>mas eis que chega a roda viva</i></div><div style="text-align: center;"><i>e carrega a viola pra lá ... "</i></div><div style="text-align: center;">[<a href="http://www.youtube.com/watch?v=8EYP42E1lZY">Chico B.</a>]</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;">... </div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Tatiani Távorahttp://www.blogger.com/profile/05597240372089462979noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7474885455943894807.post-40287213263094413552011-05-24T07:48:00.004-03:002011-05-24T08:00:51.993-03:00<a href="http://1.bp.blogspot.com/-OzEyNEqMhJ0/TduPe--QUgI/AAAAAAAAEqg/EMO8kaKiFAI/s1600/0aaasogemeos.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="http://1.bp.blogspot.com/-OzEyNEqMhJ0/TduPe--QUgI/AAAAAAAAEqg/EMO8kaKiFAI/s320/0aaasogemeos.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5610235523283046914" /></a><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" ><a href="http://www.lost.art.br/osgemeos.htm">[os gêmeos]</a></span></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div><br /></div><div style="text-align: center;">Para se ter nas pernas um violão </div><div style="text-align: center;">e se deixar ir pela deficiência de existir.</div><div style="text-align: center;">Para se ter cabeça de gramofone </div><div style="text-align: center;">e projetar as indecências da minha falta de tino.</div><div style="text-align: center;">E, mesmo assim, e, independente disso, </div><div style="text-align: center;">ter o ar de quem não entendeu nada do que se passou.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div><br /></div>Tatiani Távorahttp://www.blogger.com/profile/05597240372089462979noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7474885455943894807.post-72902513364920328802011-05-18T20:30:00.008-03:002011-05-18T21:09:04.376-03:00as Mulheres e o danado do Futebol<a href="http://2.bp.blogspot.com/-IdYfZQhtN0w/TdRWoRoC4VI/AAAAAAAAEqY/HAtvFfuSVos/s1600/sexy-soccer05_large.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 250px; height: 320px;" src="http://2.bp.blogspot.com/-IdYfZQhtN0w/TdRWoRoC4VI/AAAAAAAAEqY/HAtvFfuSVos/s320/sexy-soccer05_large.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5608202685909229906" /></a><div style="text-align: justify;">As mulheres são boas em criar teorias, e especialmente em defendê-las a qualquer custo. E com uma teoria sobre o gosto das mulheres pelo futebol não seria diferente. Em uma inusitada, rara, apressada e um tanto quanto perigosa teoria, no que se refere à paixão feminina pelo futebol, as mulheres podem ser classificadas em três categorias distintas:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">1.-] Em um primeiro momento as mulheres que fingem que não entendem a lógica do futebol, que tem na ponta da língua frases do tipo: "22 machos correndo atrás de uma bola, para que mesmo?". Estas, escancarando o seu feminismo e, com ares de superioridade intelectual, são capazes de queimar até as próprias calcinhas para não concordar com um grupo declaradamente masculinizado. (Claro que eu poderia falar em queimar sutiãs, mas isso ficaria muito parecido com uma outra história). Mulheres exacerbadamente feministas dariam a própria vida para não concordar com qualquer grupo, situação ou, até mesmo, esporte predominantemente dominado pelos homens feudais que acorrentaram e calaram suas antecessoras. Estas são as que se sentem muito bem odiando o futebol, mas continuam a adorar seus mais entusiasmados admiradores.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">2.-] Já em outra categoria temos as mulheres que gostam muito de futebol porque realmente querem se parecer em número, grau e, principalmente, em gênero, com os homens. Não sejamos tolos em acreditar que nesta tentativa de definição de categoria exista qualquer tipo de preconceito. Todos concordamos que toda e qualquer forma de preconceito é uma grande perda de tempo, então, vamos ao argumento. Existem mulheres que gostam de mulheres e existem aquelas que gostam tanto ou tão mais de mulheres do que de si mesmas, que preferem se portar como homens, tanto nos gestos, na maneira de se vestir, como nos seus hábitos. Logo, penso eu, não seria diferente com o futebol. Estas são as apaixonadas por tudo que possa lhes fazer parecer com um pouco mais de testosterona. E isso é um fato, assim como é fato que eu vivo a mentir sobre o meu peso, a usar roupas que me aparentem mais magra, então, empatamos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">3.-] Ainda temos as mais simples; que apenas gostam e não se sentem intimidadas pelo futebol. Aquelas que são tranquilas em, um dia na vida, assumir que gostam muito de futebol, e que juram que dão a devida importância para toda santa final de campeonato ou Copa. Que sabem bem admitir que não conseguem ter cabeça para decorar o nome dos jogadores dentro de campo, ou ainda para decorar os nomes das posições desses jogadores, porque são tantas coisas a lutar pelo mesmo espaço dentro do seu cérebro que isso também foge a elas. Apenas são. São-paulinas ou corinthianas. Mas que, em determinados momentos, conseguem se ambientar ainda mais com o danado do fute por conta de um certo clima emocional que este esporte pode causar com o lado negro da força, ou seja, com os homens. É inegável que há uma certa proximidade com o lado masculino do canal de comunicação quando uma mulher demonstra entender de futebol. Se o homem em questão é o pai, o irmão ou o parceiro, o futebol transforma a atmosfera. E inegavelmente mesmo é consentir que, onde há futebol, final de campeonato, reunião em volta da TV, há aquele desejado líquido amarelinho; essa união faz a força. (sem açúcar, no máximo uma porção de azeitonas).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;">Fazer sentido eu sei que faz, mas ser útil é outra conversa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Evidente que nestas linhas a intenção é fervilhar o pensamento, acalorar as opiniões e tirar um grande barato da tensão que envolve uma das paixões do brasileiro. Mas, por outro lado, posso crer que ando com uma overdose de "ociosidade", pode ser.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">[A inutilidade da ideia já existia, mas o "santo ouvido" a aguentar o desenrolar (por deveras criativo!) desse texto, foi o do querido <a href="http://naotevejola.blogspot.com/">Ivan Takashi</a>, que está sempre mais do que certo em quase tudo que diz. rs]</div>Tatiani Távorahttp://www.blogger.com/profile/05597240372089462979noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7474885455943894807.post-57803104240431862882011-04-22T11:46:00.004-03:002011-04-22T11:51:47.053-03:00Not Guilty<a href="http://3.bp.blogspot.com/-9Mj5j-7B_KQ/TbGU5AoD-HI/AAAAAAAAEqQ/TeIXHdH-RjU/s1600/69316_1596116190200_1454826875_1546362_4037299_n_large2.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 282px; height: 400px;" src="http://3.bp.blogspot.com/-9Mj5j-7B_KQ/TbGU5AoD-HI/AAAAAAAAEqQ/TeIXHdH-RjU/s400/69316_1596116190200_1454826875_1546362_4037299_n_large2.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5598419518939723890" /></a><br /><div style="text-align: justify;">Não tenho culpa de ter nascido de uma (grata) mistura de peles. Portanto, não sou "etérea" para ter a pele considerada branca, nem sou boa o suficiente para ter merecido uma pele negra de resistência. Não sou pura, nem tenho raça definida, tenho um gosto e isso (às vezes) é o que me salva. Carrego em minha genética, pele e cabelos a mistura mais estrondosa: sou o nada e o tudo, efetivamente.</div>Tatiani Távorahttp://www.blogger.com/profile/05597240372089462979noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7474885455943894807.post-60353125907860613832011-04-21T22:17:00.003-03:002011-04-21T22:33:40.151-03:00Servidos à Besta.<a href="http://3.bp.blogspot.com/-kRIkSBM00sM/TbDYC3wpZUI/AAAAAAAAEqI/cawn1dJqn0c/s1600/tumblr_ljgyxtW4Az1qaiyl9o1_500_large.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 397px;" src="http://3.bp.blogspot.com/-kRIkSBM00sM/TbDYC3wpZUI/AAAAAAAAEqI/cawn1dJqn0c/s400/tumblr_ljgyxtW4Az1qaiyl9o1_500_large.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5598211880660854082" /></a><br /><div style="text-align: justify;">Porque a gente é assim:</div><div style="text-align: justify;"><br />faz pose de que está entendendo tudo,</div><div style="text-align: justify;">(desde o que ouve, até aquilo que sente).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">faz pose de <i>cult</i> para todos os tipos de situações.</div><div style="text-align: justify;">(quando há ausência da <i>cult-</i>ura da legitimidade).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Somos todos uns metidos à besta!</div>Tatiani Távorahttp://www.blogger.com/profile/05597240372089462979noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7474885455943894807.post-60344213202302688112011-04-19T23:25:00.006-03:002011-04-20T00:32:25.495-03:00Tenho o inverso da descoberta.<a href="http://4.bp.blogspot.com/-WKqD34qhkfg/Ta5TsFZfRFI/AAAAAAAAEqA/1c1tPwodOso/s1600/5253457818_1ab35af2db_z_large.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 228px; height: 400px;" src="http://4.bp.blogspot.com/-WKqD34qhkfg/Ta5TsFZfRFI/AAAAAAAAEqA/1c1tPwodOso/s400/5253457818_1ab35af2db_z_large.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5597503403696538706" /></a><div style="text-align: left;"><br /></div><div>E se eu me tornara insuportável para o outro e não o inverso?!</div><div>E se, na realidade dos fatos, eu me tornasse "incabível" dentro da métrica?!</div><div>E se, ao contrário do que o ego pressupõe, eu me tornara muito menor?!</div><div>E se nem tudo nessa matéria realmente faz algum sentido?!</div><div><br /></div><div>E se a gana por um novo ciclo for apenas a tentativa da fuga do hoje?!</div><div><div>E se a água da torneira tiver um gosto melhor?!</div></div><div>Esse é o meu ato de autoflagelo?!</div><div><br /></div><div><div>A maldade se movimenta continuamente.</div><div>Enquanto a bondade, escandalizada,</div><div>se mantém estática, com os ouvidos abafados pelas mãos.</div></div><div><br /></div><div>E nada soa como um etéreo descobrir-se outro.</div><div>É o inverso de qualquer descoberta,</div><div>tenho apenas os questionamentos.</div><div><br /></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span"><i>"Enquanto eu tiver perguntas</i></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span"><i>e não houver respostas,</i></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span"><i>continuarei a escrever"</i></span></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span"><i>[C. Lispector]</i></span></div>Tatiani Távorahttp://www.blogger.com/profile/05597240372089462979noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7474885455943894807.post-90450891111546680582011-04-18T20:56:00.005-03:002011-04-18T21:02:06.877-03:00Prisões<a href="http://2.bp.blogspot.com/-6NIW2zTu6Ts/TazP5l6hnbI/AAAAAAAAEps/Y3DKqibnLuk/s1600/tumblr_lgmatpV5ET1qctry6o1_500_large.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 400px;" src="http://2.bp.blogspot.com/-6NIW2zTu6Ts/TazP5l6hnbI/AAAAAAAAEps/Y3DKqibnLuk/s400/tumblr_lgmatpV5ET1qctry6o1_500_large.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5597077025251761586" /></a><div style="text-align: center;">e se...</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" >"Convicções são Cárceres"</span> </div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" >[nietzsche]</span></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">posso afirmar que...</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Desvencilhar-se de um conceito</div><div style="text-align: center;">é uma espécie de</div><div style="text-align: center;">liberdade condicional?!</div><div style="text-align: center;"><br /></div>Tatiani Távorahttp://www.blogger.com/profile/05597240372089462979noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7474885455943894807.post-14056765159324535932011-03-24T00:00:00.006-03:002011-03-24T01:01:04.137-03:00Ao velho Chico<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/-XslYELMzB3E/TYrBW35pteI/AAAAAAAAEoo/FoXzCYujHWE/s1600/o-trompetista-gershon-knispel.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 220px; height: 400px;" src="http://1.bp.blogspot.com/-XslYELMzB3E/TYrBW35pteI/AAAAAAAAEoo/FoXzCYujHWE/s400/o-trompetista-gershon-knispel.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5587490886413563362" /></a><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span"><a href="http://www.espacoarte.com.br/obras/4008-o-trompetista">imagem</a></span></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;">De todas as tuas imperfeições, a que menos gosto é essa aventura que muito arduamente conseguistes experimentar: não estás mais aqui. E talvez eu o considere tão perfeito porque há tantos anos não estais mais. E, mesmo assim, são vivos em minha memória os teus sons, todos eles. Todos os seus bordões eram musicais: cantando era como me chamavas, assim como a maneira que me ensinastes a responder teu chamamento. O som do teu trompete eu escutava da rua, e me deliciava quando ele fazia dueto com a cadelinha que se sentia inspirada por sua música. (ou seria incomodada?!). Em todas as vezes que saías da tua casa, pela proximidade da minha, passavas na rua, buzinando em figuras musicais reconhecidas instantaneamente, me treinastes os ouvidos. E a correria era grande e a janela do apartamento pequena para tanta gente junta querendo assistir o evento da sua passagem.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Reconheci o teu orgulho em recolher em diversos contos as tuas perfeições carnavalescas - as aventuras de tocador de baile. A tua fidelidade à veia boêmica (sempre muito bem pontuada em teus contos) te levou a quase se fazer ausente no casamento da sua filha primogênita (da mamãe). Lembro de ouvir estas histórias sem nenhum rancor ou vergonha, os risos eram sempre presentes, como se fossem estas as tuas condecorações que não recebestes enquanto militar (músico militar, diga-se de passagem). Eras sempre intimamente notado por mim, chegavas a ser velado por tamanha admiração. (mesmo quando apenas ressoava dentro de uma menina pequena demais para entender o que gravavas nela).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Até para lhe perder você tentou me ensinar por muitos anos, pena que coisas assim não se consegue assimilar. Embrulhastes teu trompete no veludo surrado e levastes o som brilhante consigo, emudecestes. Estamos surdos de você. Mas, sinceramente grata, levo as tuas marcas comigo. E do que existe dentro só a saudade se compadece, a lágrima aquieta e a aceitação pacifica. Não lembro mais do dia que me deixastes, apenas recordo pontualmente todos os anos, o dia que nascestes, e, neste dia eu comemoro a alegria de ter conhecido uma das pessoas mais imperfeitas que visitou esta terra, mas, pelo mesmo motivo, o ser humano mais perfeito que amei.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">sua neta.</div><div style="text-align: justify;">23.03.2011</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=GKSJCja7RQ8">http://www.youtube.com/watch?v=GKSJCja7RQ8</a></div>Tatiani Távorahttp://www.blogger.com/profile/05597240372089462979noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7474885455943894807.post-75497057930921325702011-03-16T01:57:00.006-03:002011-03-16T02:34:24.981-03:00Conceitualização Pseudo-Libertária<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/-rBSa-nQ1Eqk/TYBJuAOl3WI/AAAAAAAAEog/GZBwirg_RgU/s1600/tumblr_lhpiu1SaUz1qa0ktpo1_500_large.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 362px; height: 400px;" src="http://4.bp.blogspot.com/-rBSa-nQ1Eqk/TYBJuAOl3WI/AAAAAAAAEog/GZBwirg_RgU/s400/tumblr_lhpiu1SaUz1qa0ktpo1_500_large.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5584544592623426914" /></a><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" ><a href="http://weheartit.com/entry/1961666">imagem</a></span></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Se pudessemos limitar tanto assim as coisas, três fases nos distinguiriam muito bem. Quando muito novos - benditas crianças! - não queremos distância do que conhecemos, tudo quanto for familiar e rotineiro tem um gosto melhor. Quando adolescentes - a fase que tudo em nós parece urgente de ser rompido - queremos todos os tipos de liberdade e independência, desejosos por acelerar a corrida à conquista da propriedade indefinida das nossas narinas. Quando mais velhos, a maioria dos nossos desejos se tornam mais práticos e objetivos - o que não quer dizer que sejam mais simples ou fáceis. A esta altura já nos julgamos extremamente espertos e juramos que sabemos bem como as coisas funcionam, esperando poucas surpresas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas acredito que o significado de liberdade é exatamente o inverso do que se diz por aí. É quando acabamos por admitir que sempre se estará preso a algo neste vasto Universo. Rendidos, não haverá necessidade em livrar-se das gaiolas, sempre existirá outra a se prender; nossa energia estará melhor empregada quando soubermos apreciar os voos, idas e voltas dos nossos "passarinhos de dentro". Quem sabe um dia eles nos concedem a dádiva de algumas caronas, em viagens cada vez mais altas?!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Desvencilhar-se de um conceito já é uma espécie de liberdade condicional.</div>Tatiani Távorahttp://www.blogger.com/profile/05597240372089462979noreply@blogger.com1