quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Rapte-me


Rapte-me de quem eu sou.
Captada liricamente como "a metade arrancada de mim".

Eufórica ou neurótica. [sendo eu ou eu mesma]
Encenatriz, desencantadora ou desvirtuada.

Ser uma letra de música, qualquer texto poético ou uma crônica autobiográfica? Sou eu com você, mas, mesmo sem você, continuo sendo. Porém, se o importante é ser, esbarra-se na metafísica de realizar: mas ser o quê? Sentença: quando se decide por ser algo, automaticamente se desiste de ser uma infinidade de outras coisas. Uma escolha. A aflição da escolha. Como se a regra fosse poder escolher entre aquilo que é passível de limite - na vida tens uma peça a encenar, mas os figurinos são limitados?!

Saber ser é uma longa estrada, mas por diversas vezes sou minúscula.
Tenho minhas grandezas nos momentos de encontro. O que sempre acontece dentro de outros Universos onde se arrastar, caminhar, levitar ou flutuar faz parte do conjunto de um modo mutável de ser.

"ser ... querer ser ... merecer ser!"


[A ouvir: Rapte-me Camaleoa do Caetano]
[Imagem: Mariana Palova]

5 comentários:

Thalita Yanahe disse...

transitória
as máscaras não caem
são sempre verdadeiras
enquanto vividas a total potência
a verdade do instante dura segundos
e faz voar até a mais colorida das borboletas

ErikaH Azzevedo disse...

Ser-se é bom por que não é constante...não há delimitação no ser, ao menos que se queira ver delimitar. O ser carrega todo sos tempos com ele, independentes, o de ontem, o de hj e o de amanhã, no ser está o se reinventar, o se desconstruir e ser-se assim exige um tantão de coragem.
O aceitar ser como se é é pra lá de bonito e mais bonito ainda é o saber- se ser infinito.

Linda minha, viajo nas tuas leituras de si mesma.

bjocas

Erikah

Lud disse...

não-ser me assombra. Mas costumo fingir que sou, embora isso não me satisfaça. Mas confesso que prefiro não-ser junto do que ser sozinha.

ErikaH Azzevedo disse...

Vim te raptar..hehehehe

Lindonaaaaaaa.

Tatiani Távora disse...

Leva-me ou eu te devoro!

rs.