Não tenho culpa de ter nascido de uma (grata) mistura de peles. Portanto, não sou "etérea" para ter a pele considerada branca, nem sou boa o suficiente para ter merecido uma pele negra de resistência. Não sou pura, nem tenho raça definida, tenho um gosto e isso (às vezes) é o que me salva. Carrego em minha genética, pele e cabelos a mistura mais estrondosa: sou o nada e o tudo, efetivamente.
Um comentário:
Parece a Clarice a escrever.
Temos todos uma única raça a humana, por mais desumanos que sejamos.
O tudo e o nada carrega toda a relatividade do ser, e só existimos, só somos o que somos dentro dessa relatividade toda.
Saudades de vc.
Erikah
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