O peito povoado de mulher, se deu escuro de tanta noite.
As veias vermelho-sangue tecem raízes por onde passam,
Procuram um grosso calibre, à afoiteza do destino.
Às vezes, quando se dispõe, ilude encontrar semelhança em estranhos;
E os quer revelar e tocar, mastigar seria o êxtase, eles são o alimento;
E saem rasgando a mucosa até chegar no calor do seu peito.
Suas palavras são decor, escritas em sons de dedos premeditados.
Enganação é pensar que seu vazio é silencioso, antes, aturdia todo o oco em volta.
E, depois de tanto, declama com a fé de um coração que não sabe urdir!
Um comentário:
A anatomia do sentir
e as palavras-relâmpagos
que teus dedos tecem
São pra mim
impagáveis.
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